Encontro de Arte & Educação 2013 – Comunicações Orais, Oficinas, Pôsters, Apresentações artísticas e Exposições

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COMUNICAÇÕES ORAIS APROVADAS – UFC
APRESENTAÇÕES – 17 DE DEZEMBRO das 18h30m às 21h e

TÍTULO DO TRABALHO

AUTOR (ES)

A INFLUÊNCIA DA ARTE EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA MINHA LINHA DO TEMPO ARTÍSTICA

IGOR MÁRCIO DO NASCIMENTO AZEVEDO
AMANDA MATOS DE SOUSA
CAMILLA QUIRINO DE OLIVEIRA

 A VALORIZAÇÃO DO ARTESANATO COMO ARTE CONTEMPORÂNEA

IGOR MÁRCIO DO NASCIMENTO AZEVEDO
AMANDA MATOS DE SOUSA
CAMILLA QUIRINO DE OLIVEIRA

STENCIL – DÊ ASAS A SUA IMAGINAÇÃO

JOSÉ EMANUEL DE PAULA SILVA

AS INFLUÊNCIAS DA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO NO DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO DA CRIANÇA.

CAMILLA QUIRINO DE OLIVEIRA

LINHA DO TEMPO: REDESCOBRINDO A ARTE NA MINHA VIDA

AMANDA MATOS DE SOUSA
IGOR MÁRCIO DO NASCIMENTO AZEVEDO
CAMILLA QUIRINO DE OLIVEIRA

CRIANÇAS PINTORAS: UM PROJETO DE ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

DANIELE SILVA VIEIRA
FÁTIMA SAMPAIO SILVA
CELIANE OLIVEIRA DOS SANTOS

 APRESENTAÇÕES – 18 DE DEZEMBRO das 8h às 10h30m 

TÍTULO DO TRABALHO

AUTOR (ES)

 AMIZADE NA FACED

 

ANA KAROLINNY SILVA DAMASCENO DE SOUSA
ANTONIA SUIANE PEREIRA DA SILVA
ISADORA NOGUEIRA MANGUALDE
MACIELLEMARRY SILVA SALES
MARIA ELLEN DO NASCIMENTO HENRIQUE

AUTORRETRATO: UM OLHAR ARTÍSTICO PARA SI

ANDREZA ELIAS DA SILVA
JESSICA CARVALHO HORTA
LARISSA BARROSO E SILVA
MARIA LARISSE LIMA DE SOUSA
SAULO DAVID SOBRINHO MIRANDA
 SABRINA DE ALBUQUERQUE ALEIXO

COMPREENSÃO PSICOPEDAGÓGICA DA LINEARIDADE DO DESENHO INFANTIL

AMANDA SALVADOR
GIOVANNA ROCHA GUIMARÃES SOUSA
SABRINA SALES PINTO

LINHA DO TEMPO: EXPERIÊNCIAS CONTADAS NA DISCIPLINA ARTE-EDUCAÇÃO

  TIALA CRISTINE DE ALBUQUERQUE DE MORAIS

LINHA DO TEMPO: QUAL SUA IMPORTÂNCIA NA DISCIPLINA DE ARTE E EDUCAÇÃO ATRAVÉS DA VISÃO DOS ALUNOS.

LILIANY MOURA DA SILVA

O USO DA ATIVIDADE “LINHA DO TEMPO” COMO UM MEIO DE RESGATAR VIVÊNCIAS

RAQUEL DE ARAÚJO CAMURÇA

A HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA

MIGUEL FERREIRA DA PAZ

OFICINAS APROVADAS

18 DE DEZEMBRO (quarta-feira) – 14h às 17h30m na FACED
Inscrições serão realizadas no dia 16/12 no credenciamento

TÍTULO DA OFICINA

PROPONENTE (S)

PARTICIPANTES

         

OFICINA DE DEDOCHES

 

GLEICIANE FREIRE DE LIMA
JESCA MARNNY SANTIAGO DA SILVA PRISCILLA OLIVEIRA DOS SANTOS JUDITE BRAGA HERCULANO
DAYANE BRITO MENEZEs
TARCIANE FARIAS DA SILVA

 

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 OFICINA – APRENDER BRINCANDO – ARTE COM MATERIAL RECICLADO

 ARMENIA BEZERRA LIMA
CIBELE DOMINGOS COSTA
GEISON SIMPÍICIO DE SOUSA
MAÍRA DAMASCENO PINHEIRO
MÁRIO CABRAL DE SOUSA FILHO
SÂMIA G. MENDES DE OLIVEIRA

15

OFICINA DE ANIMAÇÃO

MARÍLIA ARIELA SARAIVA DE FARIAS
KELLY DAMASCENO
MARILENE ALVES; KARLA

10

OFICINA DE STENCIL

JOSÉ EMANUEL DE PAULA SILVA

6

 

OFICINA DE E.V.A

 

AMANDA MATOS
ANA CAROLLINA
CAMILLA QUIRINO
IGOR MÁRCIO
PEDRO MENEZES
VICTORIA BRASIL

 

15

OFICINA DE DANÇA
ESPAÇO: INVENTAR E DANÇAR

LEONICE OLIVEIRA
HORTÊNCIA CAVALCANTE
(ICA)

15

TEATRALIDADE PEDAGÓGICA DE GROTOWSKI

KLEBSON ALBERTO QUEIROZ DE OLIVEIRA

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FOTOGRAFIA ANALÓGICA

*EXCLUSIVA NO DIA 17/12

ÉDEN BARBOSA
14h às 18h

5

PÔSTERS (ESTUDANTES DE OUTRAS IES/CURSOS)

TÍTULO DO TRABALHO

AUTOR (ES)

A ESTRUTURA ESCOLAR E A MOVIMENTAÇÃO DOS ALUNOS NAS OFICINAS DO PIBID DANÇA

IISABELLA MOREIRA DE OLIVEIRA
Curso de Graduação em Dança – UFC

A RESPIRAÇÃO E AS PERCEPÇÕES SOMÁTICAS NO QUADRIL: UM VIÉS PARA PROCESSOS ARTÍSTICO-PEDAGÓGICOS EM DANÇA.

JANDER TEIXEIRA
Curso de Graduação em Dança – UFC

CRIAÇÃO EM DANÇA:
A PALAVRA CORPORIFICADA, UMA TEMÁTICA POSSÍVEL NA ESCOLA

ANA CAROLINA MOREIRA DE OLIVEIRA
Curso de Graduação em Dança – UFC

ESPAÇO PEDAGÓGICO E ESPAÇO EDUCATIVO:
UMA CONVERSA EM DANÇA

FRANCISCA LUANA RODRIGUES CAETANO
Curso de Graduação em Dança – UFC

MALA DOS SENTIDOS:
OBJETOS MULTISSENSORIAIS E
MEDIAÇÃO INCLUSIVA

SARA VASCONCELOS CRUZ
ARTES VISUAIS – IFCE

O ARTISTA E O PROFESSOR: QUEM SÃO ELES?

LEONICE PEREIRA DE OLIVEIRA
Curso de Graduação em Dança – UFC

APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS

TÍTULO DO TRABALHO

AUTOR (ES)

 

AMIZADE NA FACED

Isadora Nogueira Mangualde
Maria Ellen do Nascimento Henrique
Macielle Marry Silva Sales
Antonia Suiane Pereira da Silva
Ana Karolinny Silva Damasceno de Sousa

PRIMEIROS PASSOS

Saulo David Sobrinho Miranda

CANÇÕES NOTURNAS

Saulo David Sobrinho Miranda

ReconstruCHICO

Klebson Alberto Queiroz de Oliveira

ESPAÇOS INCOMUNS

Leonice Pereira de Oliveira

“PODE ENTRAR, É SÓ BATER” E “CUIDADO: GENTE SE EXPRESSANDO

Iago Domingos Bezerra Pinheiro

Multiencontros FACED 2013: Encontro de Arte & Educação

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INSCRIÇÕES ATÉ 25 DE NOVEMBRO: 
http://encontrosdafaced2013.webnode.com

NORMAS PARA RESUMOS/PÔSTERS: 
http://encontrosdafaced2013.webnode.com/trabalhos

 Envio de Resumos: educarteufc@gmail.com 

EXPOSIÇÕES

1. Exposição de Auto-Retratos em Pintura – Turmas de Arte e Educação 2013.2 (diurno e noturno);
2. Exposição de Retratos em Argila – – Turmas de Arte e Educação 2013.2 (diurno e noturno);
3. Exposição de Retratos em Colagem – – Turmas de Arte e Educação 2013.2 (diurno e noturno)
4. Exposição de Ensaios Fotográficos – resultados de Oficina ministrada por Éden Barbosa – Turma de Arte e Educação 2013.2 (diurno)

CONVOCATÓRIAS (estudantes da FACED)

1. Exposição de Portfolios do Desenho Infantil (todos que já realizaram podem participar)
2. Convocatória para Intervenção Artística – FACED (breve informações específicas).

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Entre o SER e o FAZER… o CONCEBER…

A oportunidade do espelho do Tempo que desafia o impacto dos Traços nas Aulas de Arte-Educação.

Não, esse não é o primeiro nem o mais revolucionário dos textos que falam sobre a arte na educação, ou arte-educação ou a arte como estratégia para educar, mas é sem dúvida uma reflexão, não mais uma, mas uma a mais para as respostas que nós pedagogos e pedagogas em formação passamos muitas vezes todo o curso procurando. E é assim que chegamos na sala de aula do curso de Pedagogia sem saber o que nos espera, ou o que iremos inventar, mas aí descobrimos quem somos, repensamos sobre nós, sobre o que é Fazer Arte, sobre o que é Ser Arte. A possibilidade de se descobrir em um relembrar de memória e intervenções do tempo, ver que o vento dos anos não levou de todo os sonhos, a imaginação, as cores, a vida que costumávamos dar às formas e às histórias que insistíamos em contar mesmo sem saber o significado das palavras em nossa frente. bQuero falar aqui da riqueza que tem sido em mais um semestre conhecer as vivências em Arte apresentadas pelos alunos e pelas alunas do curso de Pedagogia na disciplina de Arte Educação, como tem sido maravilhoso conhecer tantas histórias que nos levam a repensar o ensino de arte nas escolas, que nos fazem refletir sobre o que é ser de fato um educador, sobre a inúmeras possibilidades que podemos apresentar à nossos alunos e alunas.

E é justamente por falarmos de possibilidades que neste semestre optamos por trabalhar o auto retrato, que para além de um desenho ou uma simples pintura de si é também um revisitar de uma concepção que temos de nós mesmo e daquilo que apresentamos para o mundo, o desafio de ver-se como os outros veem e a alegria de deixar que os outros te percebam naquilo que você tão timidamente tentou representar. E vamos assim, construindo dia a dia mais de nós, estes desenhos lindos já fazem parte de todas as experiências de Arte relatadas pelos alunos e pelas alunas na Linha do Tempo, e sabemos que hoje compõe uma das inúmeras possibilidades de janelas que se podem abrir num simples exercício de pensar a arte como um instrumento de educação também para uma aprendizagem de si mesmo.

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A arte-educação e o seu poder

“O que fazer para controlar um crescente aumento da violência dentro das salas de aula – contratar seguranças? Expulsar alunos? Solicitar uma assessoria da polícia na região? O diretor de uma escola pública de ensino médio de Boston, nos Estados Unidos, resolveu tomar uma decisão que pra muita gente pareceu loucura.”

Confira a corajosa decisão desse diretor norte-americano aqui.Imagem

 

Oficina de modelagem em argila – 24 de julho de 2013

No dia 25 de julho encerramos mais uma disciplina de Arte-Educação na Faculdade de Educação da UFC. Éramos uma turma bem mista, mesmo sendo uma disciplina obrigatória da Pedagogia, tínhamos alunos da Física, Música, Ciências Ambientais e Letras, o que garantiu uma troca de experiências bastante rica, principalmente porque muitos já tinham que trabalhar com a Arte-Educação na escola, ainda que não tivessem formação para isso.

Para o último dia foi pensado uma oficina de modelagem em argila. A ideia foi muito bem aceita pela turma, ainda que alguns mostrassem uma pequena resistência no início, logo após já estavam todos empenhados em construir a sua escultura de argila. Para dar início a oficina, a Prof. Luciane Goldberg deu instruções básicas sobre como começar a montar a sua escultura, que no caso seria cabeça e pescoço.

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A partir das instruções iniciais, os alunos puderam soltar a imaginação e criar conforme sua vontade, foi nesse momento que podemos ver as esculturas tomando forma e criando uma identidade própria, mesmo que a base tenha sido a mesma, cada um imprime originalidade na sua produção de acordo com seu desejo e vão surgindo diferentes narizes, bocas, orelhas, olhos e cabelos, fazendo com que cada escultura seja única!

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Quando finalizadas, as esculturas foram colocadas em exposição no corredor de entrada da FACED, algo que consideramos importante, a arte não pode estar presente apenas dentro da sala de aula, em atividades, tem que sair e ocupar os espaços, ainda que chegando de forma tímida, ela precisa estar presente.

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“Como definir a experiência da oficina de modelagem que tivemos no ultimo dia de aula? Eu pessoalmente diria que simples…porem gratificante. Uma atividade no geral simples, mas que podia ver no rosto dos alunos o interesse e o empenho pela atividade…quem nunca gostou de poder expressar sua arte?
Convenhamos que foi uma cadeira um pouco caótica devido a copa que estava ocorrendo, mas que sem duvida mesmo com algumas aulas a menos fez a diferença.
Trabalhos como o da oficina de modelagem deveriam ser mais praticadas, para que os alunos possam expor suas artes e vontades. Agradeço sem duvida por essa experiência fornecida pela professora Goldberg e pela sua assistente, que sempre atenciosa, mas meio tímida, mas acima de tudo sempre disposta a ajudar a todos, Caroline.”

 Fabiano Marques, aluno da disciplina, sobre a experiencia da oficina e da disciplina de Arte-Educação 2013.1

 

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Sei que canto ♫

Seja em público ou debaixo d’água, sabendo a letra de cor ou só o refrão. Pouco importa, a verdade é que todos nós sentimos o prazer que é cantar uma música favorita!

Cantar nos permite extravasar sem culpa, sem culpa até de arriscar uns passinhos de dança. Soltar a voz nos vibra por dentro, faz viver nosso corpo e nossa alma. Vida! Cantar só faz bem, afinal “quem canta seus males espanta”.

A música nos (re)vive!

Como bem disse Cecília Meireles no poema Motivo:

“Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada”.

Dentre as mais variáveis que marcam a memória, o som/o canto compôs as singularidades da turma do curso de Teatro (ICA/UFC) de 2013.1, dando vasão às sensações inolvidáveis captadas pelos nossos sentidos. E contemplados pela saudade, relembramos momentos que definiram nossa experiência na disciplina de Fundamentos da Arte na Educação, tais como:

Gabriela Santos cantando Rosa, de Orlando Silva

 

e Ivna Simons cantando Rolling in the deep, de Adele.

Por: Rômulo Cunha e Louise Anne, monitores da disciplina de Fundamentos da Arte na Educação, do semestre 2013.1.

Onde a costura das lembranças levam estas linhas para além da Escola.

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A experiência das Linhas do Tempo no Curso de Teatro – Turma 2013.1.

O ensino de arte no Brasil sempre sofreu muitos embates no decorrer de sua história, hoje eu avalio que embora traga para si uma liberdade necessária para sua implementação e execução a falta de um currículo elaborado com atividades e objetivos claros também traz malefícios, ao passo que muitas vezes as atividades desenvolvidas com os alunos tornam-se apenas reproduções de desenhos para as capas de tarefas executadas em salas, pinturas vazias e descontextualizadas, canções muitas vezes religiosas que alegrem a aula e estimulem uma interação e atividades realizadas de acordo com as datas comemorativas.

Foi a partir dessa contextualização que vimos no primeiro do ano de 2013 alunos de um curso que tem expressões artísticas como pano de fundo central, revelarem que suas vivências na arte decorriam de fatos ou trajetórias embutidos nas experiências acima relatas, isso quando promovidas pela escola, outra grande incentivadora desta arte direcionada e censurada é a igreja, que se utiliza de suas atividades evangelísticas para promover espaços em que a arte é explorada com o objetivo de publicizar o evangelho, suas doutrinas e seus dogmas.

O que mais me chamou atenção no relato de experiências vividas com a arte nesta turma foi perceber que as mais grandiosas, significativas e emocionantes, inclusive para os próprios contadores se deram fora do contexto escolar, onde não havia limites para a criação e para a representação dessa arte que se mostrou pessoal, sensível e emocionalmente referenciada.

As vivências apresentadas para fora da escola possibilitavam em seu primeiro momento a capacidade e o desenvolvimento de criação por patê dos estudantes, a dança, a poesia, a escrita, a interpretação, a reflexão, de repente tudo era arte, eu esperava uma coisa mais pronta, mais elaborada, linear, no entanto os emaranhados de fatos descreviam não apenas uma linha, mas uma teia cheia de espaços e pontos, com fios diversos que justificavam onde cada ponto era cuidadosamente feito.

As apresentações das linhas do tempo tomaram boa parte da nossa disciplina, mas, como tolher algo tão sensível quanto a sua própria vida? Os estudantes foram sentindo aos poucos liberdade para criar, para mostrar de diversas maneiras que não só tinham vivido como também faziam arte, parece que a cada apresentação surgia uma possibilidade de justificar a escolha do curso, o desenvolvimento da carreira e ainda dar sentido ao momento que eles próprios estavam a viver.

Houve momentos inusitados, emocionantes, que nos levavam de um riso escancarado ao choro contínuo, que nos faziam pensar “nossa como somos iguais” e que ao mesmo tempo nos questionava “será que eu sou assim?” as multifacetas da arte, de fato a arte sem currículo e sem escola se fez significativamente presente e envolvente, e repensar sobre tudo isso nos colocou frente ao processo histórico de surgimento e implementação da arte no sistema educacional brasileiro.

Não só sabíamos como havia ocorrido, mas estávamos vivendo com os autores de suas linhas todos esses momentos da arte e da não arte na escola.

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Para concluir quero dizer que todas as experiências compartilhadas para mim foram um presente, me motivavam, me faziam querer continuar, acreditar, eu pude ver a vida e como ela pode ser por vários olhares e vivências, e mais do que isso, sem esses momentos talvez a mesma já não tivesse sentido algum para mim hoje.

Poder estar um pouquinho na vida de todas essas pessoas, perceber como nós seres humanos somos fortes, capaz de colorir os mais cinzentos dos acontecimentos e dar brilho e vida as cenas mais inusitadas e difíceis me fez refletir que na verdade essas experiências tornam-se importante mesmo fora da escola, não por ser ou não ser arte, mas por produzirem sem dúvida conhecimento, do que sou, do que o outro pôde ser para mim e do que sou capaz de me tornar. Eles e Elas falavam de sonhos passados, daquilo que se tornou pesadelo e da perseverança de continuar sonhando, colorindo, fazendo arte com apropria vida… E quem sabe nem precisemos fugir com o circo, conheci naquela sala pessoas capazes de fazer de seus dias um enorme e colorido picadeiro, com lonas tingidas das cores que decidirmos querer ter.

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As Artes Visuais na III Conferência Municipal da Educação de Fortaleza

Nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2013, no Centro de Eventos do Ceará, aconteceu a III Conferência Municipal da Educação de Fortaleza. O objetivo principal do evento, segundo a CME Fortaleza (2013) é avaliar e discutir as políticas públicas de educação no município de Fortaleza e um modelo capaz de contribuir com a elevação dos índices de aprendizagem dos estudantes das escolas da rede pública municipal.

A arte teve seu lugar reservado dentro dos eixos de discussão, em especial nas oficinas ofertadas aos participantes, como Arte e terapia, Musicoterapia, Teatro, Artes visuais e, até mesmo, A arte de contar história. Diferente das palestras e dos eixos temáticos ministrados na conferência, as oficinas mesclavam o teórico e o prático, em uma perspectiva de fornecer aos participantes – que somavam maioria coordenadores e professores da rede municipal de educação, além de professores e alunos universitários dos cursos de Licenciatura – as informações adequadas sobre a importância e os ganhos permitidos pela relação entre a Arte e a Educação, além da vivência com materiais e situações que fomentam estes ganhos.

Também participantes da III Conferência Municipal da Educação de Fortaleza fomos conferir as oficinas voltadas para o tema Arte. A oficina de Artes Visuais, ministrada por Ernane Pereira, foi a primeira a ser vivenciada por nós.

Ernane Pereira, renomado pintor retratista cearense, trouxe para oficina de artes visuais uma nova concepção de arte plástica: a Pintura Histórico-educativa. Consciente da importância do período colonial para as transformações sociais pelas quais passaram o Ceará e o Brasil, o artista documentou em uma coleção de 10 quadros com as principais passagens da história da Capitania do Siará Grande, de 1603, com a série titulada: Imagens do Ceará Colonial.  Esse feito o tornou o maior pintor da história cearense.

"SOARES MORENO PINTADO DE ÍNDIO". Autor Ernane Pereira. Técnica: óleo sobre tela. Tamanho: 140cm x 200cm. Fortaleza- Brasil, 2003.

O estudo teórico da oficina se direcionou para aplicação das artes visuais como ferramenta educativa, uma vez que através dos quadros expostos por Pereira, o período colonial foi recontado através de suas pinceladas, alterando as percepções do espectador diante dos registros históricos. Ernane Pereira afirma que traz em suas telas as visões dos nativos por perceber que a história do Brasil é contada pelos olhos dos colonizadores. Assim, a dimensão visual das telas se direciona da terra para o mar, mostrando os ritos indígenas em contraste com os ritos jesuítas, diferindo das pinturas que dimensionam do mar para a terra, caracterizando a visão dos colonizadores sobre as terras dominadas e registrando as suas conquistas.

"CID GOMES". Óleo sobre tela - tam. 60cm x 45cm - Ernane PereiraEm seguida, Ernane Pereira apresentou para os participantes a sua evolução na pintura sobre telas: as obras hiper realistas. Em seu discurso, o artista afirmou que estamos vivendo na sociedade das imagens digitais e, como artista, ele percebe que a pintura tem que acompanhar ou até mesmo superar a realidade trazidas pelas fotos digitais.

Após a trajetória pela relação entre a História, a Arte e as suas possibilidades educativas, Ernane Pereira ofereceu materiais de pintura – pincéis de variados tamanhos e diâmetros, tintas guache das mais variadas cores, água, recipientes de plástico, lápis, borrachas, papéis canson para desenho, papel toalha, mesas e cadeiras – para que cada participante produzisse um quadro representando um conteúdo a ser ministrado em sala de aula, fomentando a relação arte, didática e conteúdos.

Eis aqui a nossa produção:

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À esquerda Sara Barbosa. À direita Rômulo Cunha.
Fotografia: Raisa Silvestre Rosa

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Ernane Pereira elogiou Sara Barbosa pela sua técnica e pelo resultado final. Antes do encerramento oficinal da oficina, ambos teceram um diálogo reflexivo sobre a obra.
Fotografia: Raisa Silvestre Rosa.

Por: Rômulo Cunha, monitor da disciplina de Fundamentos da Arte na Educação (ICA/UFC) e Sara Barbosa, monitora de Arte e Educação (FACED/UFC).

Linha do tempo (quase) sem tempo

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Na última terça-feira (02/07/2013) nossa turma de Teatro do ICA/ UFC finalizou a atividade da Linha do tempo. Convenhamos que o fim demorou a chegar, mas somos conscientes dos motivos de tanto tempo dedicado a uma única atividade.

Quais os motivos? Eles. Nós. Únicos, complexos e amplos. 15 minutos merecidamente extrapolados.

A Linha do tempo nos convida, com afago, a entrar em nós/no outro. São histórias que se encontram na dor, no sorriso ou no mesmo elenco de uma peça. Histórias que nos envolvem até o encontro do meu eu no outro. Surpreendentes. É o encontro em sua plenitude!

Passamos pouco tempo em sala de aula, pois a cada início de apresentação somos transportados para um universo particular, envoltos pela nostalgia alheia e pela bênção de fruir tudo que nos é oferecido.

Ao final de tudo, ninguém saiu de mãos vazias, todos saíram de coração cheio. Satisfeitos, sem arrependimentos e mais completos. Uma atividade rica em diversidade de experiências, de aprendizagens e significados, onde o elo em comum é a doação.

Ao final de tudo, todos se (re)conhecem!

Por: Rômulo Cunha, monitor da disciplina de Fundamentos da Arte.

Relato de experiências nos Encontros Universitários 2012

Caroline Sales e Cleidiane Barbosa - Monitoras PID e Luciane Goldberg - Professora de Arte-Educação - FACED

Caroline Sales e Cleidiane Barbosa – Monitoras PID e Luciane Goldberg – Professora de Arte-Educação – FACED

Nos dias 21 à 23 de novembro a comunidade acadêmica se encontrou com o propósito de divulgar os trabalhos de alunos e professores, bem como proporcionar a integração entre as diferentes áreas do conhecimento.

 Para nos estudantes do curso de Pedagogia, eventos como este dá visibilidade aos estudantes, estimula a participação em relação às vivências no contexto universitário, além de ser um mecanismo que oportuniza a divulgação de pesquisas que na sua maioria estão relacionadas à docência.

 Desse modo, tivemos a oportunidade de produzir alguns trabalhos a partir da disciplina Arte-Educação, a exemplo dos seguintes temas:

  1. Perfil cultural dos estudantes do 1° semestre de Pedagogia da FACED
  2. Linha do tempo: o papel da arte na formação pessoal e profissonal de estudantes universitários.
  3. A influência do bloqueio do grafismo infantil durante a fase esquemática nas práticas pedagógicas.

É relevante destacar que os trabalhos aqui citados foram elaborados conforme a necessidade de melhor compreender a docência em Arte e identificar elementos importantes para a formação profissional do futuro professor, seja em relação à metodologias de ensino e/ou como forma de conhecer os estudantes para posterior intervenção didática.

Como podemos perceber todos os trabalhos abordavam temáticas centrais relativas à docência em Arte, seja nas séries iniciais do Ensino Fundamental ou Ensino Superior.

 Certamente, após a elaboração dos trabalhos o momento mais esperado por nós foi o dia da apresentação, porém nem todos os trabalhos foram apresentados devido a ausência da pessoa responsável pela avaliação, fato lamentável e que a organização do evento tem que se preocupar para que isso não venha a ser um fato recorrente e que comprometa a credibilidade de eventos posteriores, pois como foi destacado no início deste texto os trabalhos não são produtos prontos, achados, pelo contrário, são fruto de estudos fundamentados e com valor individual e coletivo, uma vez que a elaboração destes não se resume apenas em uma única etapa, e sim, etapas bem definidas: antes, durante e depois (apresentação), onde cada produção escrita tem um valor afetivo e concreto, primeiro porque é fruto do esforço e reflexão dos estudantes e segundo porque é resultante de questionamentos e busca por respostas que muitas vezes são silenciadas.

Cleidiane Barbosa